quarta-feira, 30 de novembro de 2016

Dor e Alívio


Doença do corpo, todos entendem.
Doença da alma, ninguém compreende.

Corpo, dor, alívio.
Alma, dor, alívio.
Não há diferença, dor, dor.

Na alma ou no corpo, dor.
Na alma ou no corpo, alívio.
Tem o mesmo caminho ou destino.

Dor no corpo, doença
Dor na alma, doença
Não há diferença, dor, dor.

Tem o mesmo caminho ou destino.
Dor e alívio.
No corpo ou na alma, dor e alívio.

Dor no corpo,
Dor na alma,
Sente, entende?
Não há diferença, doutor, dor é dor.

Tem o mesmo caminho ou destino.
Dor e alívio.
No corpo ou na alma, dor e alívio.

Alívio do corpo,
Alívio da alma,
Sente, entende?
Não há diferença, doutor, alívio é alívio.

Tem o mesmo caminho ou destino.
Dor e alívio.
No corpo ou na alma, dor e alívio.

Corpo dor, fisiológico
Alma dor, psicológico
Não há diferença, doutor, dor é dor.

Dor no corpo, doutor
Dor na alma, psicólogo
Há diferença doutor,
Você do corpo compreende
Eu da alma compreendo
Entende.

Tem o mesmo caminho ou destino.
Dor e alívio.
No corpo ou na alma, dor e alívio.
Dor é dor, não há diferença doutor,
Dor na alma Eu
Dor no corpo Você
Entende.
Tem o mesmo caminho ou destino
Mas você trata à dor do corpo
Eu trato à dor da alma

Tem o mesmo caminho ou destino.
Dor e alívio.
No corpo ou na alma, dor e alívio.

Não há melhor ou pior,
dor é dor, alívio é alívio,
doutor.


domingo, 27 de novembro de 2016

Dai a Cezar o que é de Cezar


Cezar é um menino que não conhece a psicologia, escolheu como ciência a biologia, mas agora quer saber como lidamos com o sofrimento, angustia e comportamento.  Provavelmente tem dificuldade de lidar com seus sentimentos. Se quiseres respostas, sábio Cezar vá fazer terapia, a sua ciência não te dá autonomia para compreender o que não é concreto.

Não lamente, aceite a percepção do outro e saia desse patamar seu bobo. Quer saber a prática faça psicologia, pegue os livros de Carl Rogers, Jacob L. Moreno, Fritz Perls, Viktor Frank, Boss, Binswanger, Heidegger, Irvin Yalon, Sartre, Nietzsche, Bonain, Merleau-Ponty e tantos outros.

Não vou aqui explicar algo para alguém que na verdade não quer escutar, você está revoltado sem motivo, você está ferido com outra coisa e não consegue encarar essa dor de frente, então prefere impertunar os outros e causar dor a todos, assim é o Cezar.

Será que Cezar lê textões ou ele também prefere resumo, quer resumir o sofrimento, mas para resumir um sentimento você precisa resolvé-lo, enfrentá-lo.

Sinto em dizer que eu sou bem resolvida, transparente e assidua com a minha prática profissional e com a minha vida pessoal, não me permito sentir dor por suas palavras inapropriadas. E como não consegue, sofre novamente, o que Cezar quer é escutar: tadinho do Cezar ou Cezar o Grande.

Porém, Cezar não é grande, é pequeno e para se sentir grande tende a tratar mal as pessoas. Não digo tadinho, pois ele é responsável por suas escolhas e escravo de suas palavras, ele tem que aprender a lidar com isso, então não lamento.

Cezar provavelmente tem dificuldade em lidar com o silêncio e com o sofrimento. O que o Cezar quer é sugestão para lidar com pessoas em conflito, que não sabe o que quer, não assumem a responsabilidade por seus atos, são instáveis emocionalmente, não sabe lidar com pessoas e se vitimiza se acha a injustiçada a coitadinha, não se responsabiliza por que diz e o que provoca e depois chora querendo a bola. Cezar, Cezar queres ajudar alguém assim? De a essa pessoa responsabilidade. Lutar por essa pessoa não ensina a enfrentar os problemas, ficará dependente de você e você brevemente cansará.

Não dou sugestões a Cezar e muito menos receito o caminho. Pois nessa ciência que para Cezar é sem sentido, acreditamos no potencial do homem e acreditamos que ele tem recursos internos para enfrentar o seus anseios. E Cezar não compreenderia tal fato. Que tal tentar escutar?

Na sua insignificância não consegue compreender a finitude humana, pois achas que sua ciência deveria dar conta de tudo e que ele, por conseguinte também. Ficou frustrado com sua ciência e consigo mesmo e agora está revoltado, tentando encontrar um culpado.

Na verdade Cezar tem dificuldade de compreender o sofrimento e particularidade do outro, pois nunca fez este movimento de se colocar no lugar do outro, pouco contato com a realidade, dificuldade de sair da sua própria bolha.


Bolha, bobo e tolo este é o perfil do Cezar de novo.

quinta-feira, 24 de novembro de 2016

Hoje o nosso café é com a Pessoa – Aluno de Psicologia


Tenho uma pequena indagação e como anseio resposta, pergunto em especial a você, que já conhece tudo e sabe tudo.

Pergunto para você, que se sente melhor do que os outros, desdenha e subestima a todos. 

O que faz aqui?
  
Questiono-me constantemente o que faz um ser humano, com tal característica no nosso meio?

Quando você irá aprender, que precisa desconstruir um saber para compreende-lo em sua essência?

Quando você irá entender que para julgar ou criticar precisará conhecer?

Sinceramente, você pode até se achar o melhor, se esforçar nas buscas pela internet, Google e YouTube, mas eu tenho plena consciência que só sei uma coisa, assim como nosso querido amigo Sócrates "ipse se nihil scire id unum sciat” calma, calma, não precisa jogar no Google tradutor, eu te ajudo meu caro leitor, a frase em latim tão famosa do nosso filósofo quer dizer o seguinte: Só sei que nada sei.

Quanto mais consciência deste fato a pessoa tem, mais perto da verdade ela está.

Não copio e colo, não leio resumo de um livro no Google, não vejo filme de um livro, pelo simples fato que escolho ter a minha própria experiência e construir eu mesma a minha opinião sobre os fatos e coisas. 

Agora você que vive nessa superficialidade que chama de todo, sinto informar seu tolo, que o mundo é maior do que isso, minhas possibilidades são maiores do que o seu ego. Gosto de construir um saber, me permito aprender. 

E você o que gosta de fazer?

Caso goste de receitas e fórmulas mágicas.
Caso goste de tudo pronto e no ponto. 
Caso goste de normas e medidas.
Caso goste do certo e concreto.

Sinto informar que na psicologia não é assim.

Essa ciência que surge da junção da filosofia e biologia nada mais é do que subjetiva.

Pare o que estiver fazendo e olha para o lado, encontre uma pessoa e olhe-a, o que você vê?

Vê o complexo de Édipo, condicionamento, social, consciência, inconsciência, razão e emoção. 

Besteira e mentira, você apenas supõem. Só quem pode dizer algo sobre ela, é ela mesma. Essa pessoa, a única coisa que você de imediato consegue afirmar é que: estás em frente a outro ser humano.

Humano é a nossa teoria, humano é o que devo considerar, não os meus valores, mas o dela, não tem certo ou errado. A prática é assim, acreditem, a prática é assim!

Cansada de pessoas que se acham donos da verdade, e no fundo não tem nem a verdade de si mesmo, são apenas cópias e reproduções falidas de uma realidade iludida. 

Enfim, lamento dizer que na verdade não quero respostas e só escrevi um sentimento de revolta, pois na verdade me preocupo como pode um psicólogo viver sem a subjetividade em sua volta. 

Como pode achar que o outro se resume a sua própria percepção, saia deste patamar, se quiser viver dessa ciência que todas as outras cobiçam e tiram casquinha.

Eu como uma boa mãe, se tu fosses meu filho, romperia todas as barreiras e lhe daria uma bela "surra" de experiência de vida.

Pois o que lhe falta é vivência e prática.



segunda-feira, 14 de novembro de 2016

Dê limites ao seu ladrão

Acredito que realmente a globalização nos proporciona encontros maravilhosos, mas, porém, entretanto e no entanto  se torna o maior ladrão dos últimos anos.

Ladrão que não percebemos, ele está em quase todos os lugares, quarto, cozinha, sala, banheiro, escola, trabalho, rua, loja, restaurante e praça, se bobear até na praia. O acesso ilimitado que se torna um sem limites, pois realmente se perde o limite, não tem hora nem lugar, barreiras também não há, você pode até tentar, mas em um acesso, em uma necessidade de ficar atualizado, informado, ou melhor conectado, você é roubado.

Mas o que este ladrão está nos levando?

A simplicidade da vida, o tato, o olfato, isso mesmo! Ele leva as nossas percepções, nossas habilidades sociais, nossa essência, o encontro, o carinho, o amor ao próximo.... É meu caro a lista é grande.

Ah, mais e o encontro físico, aquele encontro em que se tem contato e o calor humano? Esse usamos com limitações e é cada vez mais limitado e cheio de restrições o download desse aplicativo se torna pesado. E só usa este aplicativo quem senti falta do contato e quem luta contra o imperialismo da globalização no qual, nos tornamos dependentes de uma maquina para manter uma relação. Não é mais a empatia ou o amor pelo outro que uni as pessoas e sim uma conexão de ondas eletro sei lá o que.

Eu continuo preferindo estabelecer relações de carne e osso e não virtual, pode ser  que eu seja a última dos moicanos a escolher essa relação real a relação virtual.

Não pense você que sou contra a tecnologia até porque se fosse estaria escrevendo cartas e não em um blog que por sinal mal uso. Utilizo a tecnologia com frequência, mas com limitações e principalmente controle, não inverti a história por mero modismo ou falsa necessidade. Afinal eu escolhi não limitar o contato e viver ilimitado!

E você o que escolheu?